segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que será (à flor da Terra)

Mais de um ano passado desde a última postagem aqui no blog, decidi voltar para dar mais uns bitaites sobre música. Como tenho visto que este blog tem tido alguma procura, decidi ressuscitá-lo. Mas não digo que terá uma publcação regular. De vez em quando (e mais frequentemente) virei aqui escrever sobre uma música.

E decidi, para este post, falar-vos do épico brasileiro «O que será? (à flor da Terra)».

A música é da autoria de Chico Buarque, um dos maiores nomes da música brasileira, e contou com a participação de Milton Nascimento. Foi editada no álbum «Meus caros amigos», de 1976, sendo a primeira faixa do lado A do LP. Nesse álbum foi também mostrado ao mundo outro grande êxito deste mestre da música brasileira, «Meu caro amigo».

Foi originalmente usada para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", onde foram feitas três versões, que marcam passagens diferentes do filme: "Abertura", "À Flor da Pele" e "À Flor da Terra". Mas "O Que Será", em qualquer das versões, é uma obra-prima.

Esta música tornou-se numa das mais conhecidas de Chico Buarque, tendo sido alvo de vários covers.

(peço desculpa pela pobreza do artigo, mas encontrei muito pouca informação sobre ela).

Letra da música

O que será que será
Que andam suspirando
Pelas alcovas?
Que andam sussurrando
Em versos e trovas?
Que andam combinando
No breu das tocas?
Que anda nas cabeças?
Anda nas bocas?
Que andam acendendo
Velas nos becos?
Estão falando alto
Pelos botecos
E gritam nos mercados
Que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza
Nem nunca terá!
O que não tem concerto
Nem nunca terá!
O que não tem tamanho...

O que será? Que Será?
Que vive nas idéias
Desses amantes
Que cantam os poetas
Mais delirantes
Que juram os profetas
Embriagados
Está na romaria
Dos mutilados
Está nas fantasias
Dos infelizes
Está no dia a dia
Das meretrizes
No plano dos bandidos
Dos desvalidos
Em todos os sentidos
Será, que será?
O que não tem decência
Nem nunca terá!
O que não tem censura
Nem nunca terá!
O que não faz sentido...

O que será? Que será?
Que todos os avisos
Não vão evitar
Porque todos os risos
Vão desafiar
Porque todos os sinos
Irão repicar
Porque todos os hinos
Irão consagrar
E todos os meninos
Vão desembestar
E todos os destinos
Irão se encontrar
E mesmo padre eterno
Que nunca foi lá
Olhando aquele inferno
Vai abençoar!
O que não tem governo
Nem nunca terá!
O que não tem vergonha
Nem nunca terá!
O que não tem juízo...(2x)

Letra da versão «(à flor da pele)»

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
O que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
O que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo


Vídeos

Versão original da música (a que saiu em disco)


Duas versões ao vivo com Chico Buarque e Milton Nascimento



A versão «(à flor da pele)» cantada em dueto com Rei Roberto Carlos em 1993.


O original do LP cantado por Simone


A versão «(à flor da pele)» numa performance de Toquinho e Miúcha (1978)


E por hoje é tudo!
Até ao próximo post (espero que não seja daqui a um ano) e ouçam boa música!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Like a bridge over troubled water

Finalmente, estou de volta. Prometo agora que tentarei sempre pôr pelo menos um post em cada semana.

Bom, decidi fazer um post sobre esta música. Porquê? Porque para mim, esta é a melhor música de Simon & Garfunkel, tem uma letra espectacular e que, no meu caso, toca "aqui" mesmo.

Esta música, editada no álbum homónimo da dupla musical (sendo o último de originais, só viriam a editar mais outro, o famoso concerto em central Park, nos anos 80), tornou-se numa das mais conhecidas músicas da banda. O álbum, foi aclamado pela crítica, e o single, «Bridge over troubled water», ficou em vários n.ºs 1 da altura em vários países (incluindo o da Billboard). O single foi lançado a 26 de Janeiro de 1970, e a letra foi escrita por Paul Simon.
O grupo ganhou dois Grammys em 1971, um por «melhor canção do ano» e outro por «Disco do ano», com este diso.
Antes de ser editada em álbum, a música foi mostrada pela primeira vez ao público num concerto em 1969 que posto mais abaixo.
Acho esta banda fantástica, porque apesar de ter tido uma curta carreira discográfica (5 álbuns), é considerada uma das melhores bandas de sempre, em que, na minha opinião, as canções têm princípio, meio e fim (coisa que não acontece muito hoje em dia).

A música


Duas versões ao vivo
em 1969


em 1981 (tiraram a incorporação do vídeo, por isso fica o link)
http://www.youtube.com/watch?v=C-PNun-Pfb4


Existem várias versões da música. Posto aqui 4.
Elvis Presley (esta versão foi lançada 5 meses após o lançamento da original)


Jackson 5


Aretha Franklin


Stevie Wonder (para mim a melhor versão)


E por fim, a letra (podem ver a tradução no primeiro vídeo postado aqui)
When you're weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I'm on your side
When times get rough
And friends just can't be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

When you're down and out
When you're on the street
When evening falls so hard
I will comfort you

I'll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I'm sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Born in the USA

Esta música é o primeiro single do álbum mais popular e emblemático de Bruce Springsteen, «Born in the USA». Editado em 1984, vendeu 15 milhões de cópias só nos EUA, e muitas mais pelo resto do mundo.
Este disco é, sem sombra de dúvida, a bandeira hasteada alto na carreira de Springsteen. O disco, em cuja capa aparece a bandeira dos EUA, foi um instantâneo mega-sucesso comercial e crítico. Prova disso são as sete canções que este álbum teve no Top Ten americano, incluindo «Glory Days», «My hometown» e «Born in the USA», que serviu de hino às gerações americanas da década de 80.

O refrão de «Born in the USA» causou alguma confusão. Springsteen aparecia como o patriota norte-americano em tempos difíceis. A bandeira da capa do álbum ajudou a aumentar essa percepção e poucos foram os que ouviram com atenção a letra completa da canção, que criticava o governo americano e a guerra do Vietname (vejam depois mais abaixo a letra).

O álbum foi lançado a 4 de Junho de 1984, tendo sido número um em praticamente todos os países em que foi editado, acabando por vender 40 milhões de exemplares em todo o mundo.

A Bossmania tinha chegado. O que é que aconteceu para que Springsteen se tivesse tornado da noite para o dia um fenómeno mundial? Para começar, a CBS descobriu a galinha dos ovos de ouro e promoveu o disco, gastando milhões de dólares em campanhas publicitárias. Os textos das canções ficaram em 2.º plano, tendo surtido efeito o marketing e a utilização da bandeira, e tudo o que isso significava para milhões de cidadãos norte-americanos. E propagou-se por todo o mundo.

A música foi escrita e composta por Bruce Springsteen.

Vídeos

música (não encontrei o videoclip)


Uma das muitas versões ao vivo


Versão acústica


Letra

Born down in a dead man's town
The first kick I took was when I hit the ground
You end up like a dog that's been beat too much
Till you spend half your life just covering up

Born in the U.S.A., I was born in the U.S.A.
I was born in the U.S.A., born in the U.S.A.

Got in a little hometown jam
So they put a rifle in my hand
Sent me off to a foreign land
To go and kill the yellow man

Born in the U.S..A....

Come back home to the refinery
Hiring man said "Son if it was up to me"
Went down to see my V.A. man
He said "Son, don't you understand"

I had a brother at Khe Sahn
Fighting off the Viet Cong
They're still there, he's all gone

He had a woman he loved in Saigon
I got a picture of him in her arms now

Down in the shadow of the penitentiary
Out by the gas fires of the refinery
I'm ten years burning down the road
Nowhere to run ain't got nowhere to go

Born in the U.S.A., I was born in the U.S.A.
Born in the U.S.A., I'm a long gone Daddy in the U.S.A.
Born in the U.S.A., Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A., I'm a cool rocking Daddy in the U.S.A.


Tradução da letra (Brasileiro)

Nascido Nos E.U.A.

Nascido numa cidade de homem morto,
O primeiro chute que eu recebi foi quando atingi o chão.
Você termina como um cachorro que foi surrado demais,
Até que você gasta metade da sua vida apenas se escondendo.

REFRÃO:
Nascido nos E.U.A.
Eu nasci nos E.U.A.
Eu nasci nos E.U.A.
Nascido nos E.U.A.

Entrei numa pequena enrascada na cidade natal,
Então eles colocaram um fuzil na minha mão,
Me enviaram para uma terra estrangeira
Para ir e matar o homem amarelo.

Nascido nos E.U.A.
Eu nasci nos E.U.A.
Eu nasci nos E.U.A.
Eu nasci nos E.U.A.
Nascido nos E.U.A.

Volto para casa, para a refinaria,
O homem que contrata diz:
Filho, se fosse minha responsabilidade...
Fui para ver meu cara na V.A.
Ele disse "Filho, você não compreende?"

Eu tinha um irmão em Khe Sahn, combatendo o Viet Cong,
Eles ainda estão lá, ele está totalmente perdido.

Ele tinha uma mulher que ele amava em Saigon,
Eu tenho uma foto sua nos braços dela agora.

Dentro na sombra da penitenciária,
Lá fora, perto das chamas de gás da refinaria,
Estou há 10 anos queimando a estrada,
Nenhum lugar para fugir, não tenho nenhum lugar para ir...

Nascido nos E.U.A.
Eu nasci nos E.U.A.
Nascido nos E.U.A.
Sou um pai há muito tempo morto nos E.U.A.
Nascido nos E.U.A.
Nascido nos E.U.A.
Nascido nos E.U.A.
Sou um pai legal agitando nos E.U.A...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Hallelujah

Depois de uma ausência de dois meses, estamos de volta!
Hallelujah é uma música de Leonard Cohen, cantor do Canadá, que toca Folk, folk rock, rock e world music.
Gravada originalmente em 1984 para o álbum Various Positions, a canção já teve inúmeras versões cantadas por diversos artistas de todo o mundo e foi incluída em várias bandas sonoras de filmes e programas de televisão.

A história da música
Hallelujah foi escrita e originalmente composta ao longo de um ano. E diz-se ter sido um processo difícil e frustrante para Cohen. Cohen diz que escreveu, pelo menos, oitenta versos, descartando a maior parte deles no processo de elaboração da canção. Leonard Cohen cita dizendo que: Eu preenchi dois blocos de notas e lembro-me de estar em Nova Iorque, no carpete na minha roupa de baixo, batendo a cabeça no chão e a dizer: 'Não posso terminar esta canção."
Cohen gravou a canção no Quadrasonic Sound, em Nova Iorque em Junho de 1984, trabalhando com o produtor John Lissauer. A segunda gravação desta canção por Leonard Cohen foi feita ao vivo em Austin, Texas, em 31 de Outubro de 1988 com a produção por Leanne Ungar e Bob Metzger.

Versões
Uma das suas versões mais recentes é a do quarteto formado pelos de cantores noruegueses Espen Lind, Kurt Nilsen, Askil Holm e Alejandro Fuentes, de 2006 e que chegou ao top das rádios do país, sendo incluída no álbum Hallelujah Live lançado pelo grupo. Também existe a versão do filme Shrek, cantada por John Cale e a cantada por uma vencedora do famoso concurso britânico Britain's Got Talent (que lançou nomes como Paul Potts e Susan Boyle para o sucesso), Alexandra Burke.Os Il Divo também fizeram a sua versão da música. Muitos outros cantores e bandas, como Bob Dylan, Brandi Carlile, entre outros, também fizeram as suas versões desta música.

Vídeos

Música de Leonard Cohen


A versão de Alexandra Burke


Versão do filme Shrek


Versão dos Il Divo


Letra
Now I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this
The fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew you
She tied you
To a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
You say I took the name in vain
I don't even know the name
But if I did, well really, what's it to you?
There's a blaze of light
In every word
It doesn't matter which you heard
The holy or the broken Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though
It all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Now maybe there's a God above
But all I've ever learned from love
Is how to shoot at someone who outdrew you
And it's not complaint you hear tonight
And it's not some pilgrim who's seen the light
It's a cold and it's a broken Hallelujah.
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Let it be

Let It Be é uma canção dos Beatles composta por Paul McCartney, e lançada no Lado A do single Let It Be/You Know My Name (Look Up The Number) de 1970. A canção também é uma das faixas do último disco dos Beatles, “Let It Be” e do filme de mesmo nome, lançado também em 1970.
Os Beatles gravaram 28 versões de “Let It Be” em 26 de janeiro de 1969, no “Apple Studios”, com Billy Preston no órgão. Muito da sessão foi usada junto com “The Long And Winding Road,” que naquele ponto, eram as principais canções de trabalho do próximo álbum.
20 versões foram gravadas no dia 27 de janeiro e outro take foi feito 2 dias depois. Os Beatles estavam se preparando para o show no telhado da Apple, então estavam se focando em outras canções. Em 31 de janeiro eles voltaram e gravaram a versão definitiva da base com Paul no piano, John no baixo, George na guitarra, Ringo na bateria e Billy Preston no órgão. Essa sessão consta no filme Let It Be.
A canção traz uma dos mais confusos calendários de gravação dos Beatles: Já que foram feitos arranjos de orquestra por George Martin, George Harrison executou muitas versões do solo em 30 de abril de 1969 (versão do single) e em 4 de janeiro de 1970 (versão do álbum). E o vocal de apoio de Linda McCartney que foi usado apenas no single. Também traz muitos técnicos envolvidos além de Martin e Chris Thomas na versão single, ainda traz Glyn Johns, Jeff Jarratt, Phil Mcdonald e a versão do álbum produzida por Phil Spector.
A versão do álbum foi mixada por Phil Spector em 26 de março. Spector usou o solo de 4 de janeiro sincronizado com o órgão e as cordas. Ele ainda adiciona um “efeito eco” do chimbal da bateria, e alonga a canção repetindo uma parte do refrão final.
Uma nova versão foi feita para o "Let It Be... Naked", de 2003. Trabalho idealizado por Paul McCartney e Ringo Starr com consultoria de George Martin. A canção foi simplificada, adicionando apenas mais guitarras nas bases e o solo que George Harrison executou em 30 de abril de 1969.
Na canção Paul demonstra todo o seu pensamento positivo e apesar de "Mother Mary" ser a sua mãe, a canção traz um certo sentimento de oração, dizendo que “Quando eu encontro-me em tempos atribulados, a mãe Mary vem até mim dizer palavras de sabedoria, deixe estar. E em horas de escuridão, ela fica comigo, a dizer palavras de sabedoria, deixe estar.”
Na segunda estrofe ele continua a dizer “Que todas as pessoas de coração partido e a viver o mundo conformadas e para aqueles que pensam estar arruinados, ainda haverá uma chance que eles irão ver e sempre haverá uma resposta, deixe estar.”
Na última estrofe ele diz “Que quando a noite está nublada, ainda existe uma luz que brilha em mim, brilha até amanhã e eu acordo com o som da música e a mãe Mary vem até mim, dizendo palavras de sabedoria, deixe estar.”
Em algumas versões Paul substitui a frase “There will be an answer” (“Sempre haverá uma resposta”) por “There will be no sorrow” (“Não haverá mais sofrimento”).
A canção foi escrita entre o lançamento dos discos “white album” e “Abbey Road,” quando decidiram fazem um disco ao vivo nos novos estúdios da Apple, que se chamaria “Get Back”. Foi um período intenso para os Beatles e para Paul McCartney, que era o único Beatle que parecia ainda importar-se com os relacionamentos internos. Nessa época, eles estavam a ser músicos, compositores, produtores e empresários e após a morte do empresário Brian Epstein, Paul sentiu-se menos motivado, porém, mais obrigado a manter o grupo unido.
Paul fala sobre a letra na autobiografia “Many Years From Now” de Barry Miles: “Uma noite, durante aqueles tempos intensos, eu tive um sonho com minha mãe que tinha morrido há mais de 10 anos atrás.E foi tão bom vê-la porque isso é fantástico nos sonhos: Tu ficas unido a essa pessoa por segundos e parece que esteve presente fisicamente também. Foi óptimo para mim e ela parecia estar em paz no sonho a dizer ‘Tudo ficará bem, não te preocupes, pois tudo se acertará.’ Eu não me lembro se ela usou a palavra ‘Let it be’ (Deixa estar) mas era o sentido do seu conselho. Eu senti-me muito abençoado por ter tido aquele sonho. E comecei a canção literalmente com a frase ‘Mother Mary.’ A canção é baseada naquele sonho.”
John Lennon demonstra pouca afeição pela canção na entrevista para a revista Playboy em 1980: “Aquilo é Paul. O que eu posso dizer? Nada a ver com os Beatles. Poderia ser até Wings. Eu acho que a inspiração foi ‘Bridge Over Troubled Water.’ É o que eu acho mas não tenho muito a dizer. Só sei que ele sempre quis fazer ‘Bridge Over Troubled Water.’”
Lennon estava equivocado dando a sua opinião sobre a inspiração de McCartney, pois o disco de Simon and Garfunkel, "Bridge Over Troubled Water" foi lançado um ano depois dos Beatles terem gravado a canção “Let It Be”. De acordo com o Allmusic, Simon and Garfunkel tocaram a música ao vivo em 1969 antes de lançá-la mais é improvável que McCartney tenha ouvido antes de 31 de janeiro de 1969.

Vídeos
Música original


Versão do álbum "Let it be... naked" de 2003, álbum que Paul McCartney editou com as masterizações feitas pelo antigo técnico de som dos Beatles, que depois como se retirou, foi outro que tomou o seu lugar e fez as masterizações para o álbum «Let it be» (este vídeo o som é mau. Havia um com som melhor mas já foi retirado da internet)


A versão de Ray Charles


Paul Mccartney canta esta música nos prémios nobel da paz, com outros artistas...


... e no live aid


mais uma versão, a dos Gladys Knight and The Pips


Para terminar, a letra

When I find myself in time of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be...
And in my hours of darkness
She standing right in front of me
Speaking words of wisdom, let it be...
Let it be, let it be, let it be, let it be
Whisper words of wisdom, let it be...

And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer, let it be...
For though they may be parted
There is still a chance that they will see
There will be an answer let it be...
Let it be, let it be, let it be, let it be
There will be an answer, let it be...

Let it be, let it be, let it be, let it be
Whisper words of wisdom, let it be...

Let it be, let it be, let it be, let it be
Whisper words of wisdom, let it be...
And when the night is cloudy
There's still a light that shines on me
Shine until tomorrow, let it be...
I wake up to the sound of music
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be...
Let it be, let it be, let it be, let it be
There will be an answer, let it be...
Let it be, let it be, let it be, let it be
Whisper words of wisdom, let it be...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Vinte anos

A música orginal é de 1974 e da banda onde José Cid trabalhava: Os green windows. A letra é de Tozé Brito e a música é de José Cid. Mais tarde, a banda Cid fez uma nova versão em 1977. Esta música também é o genérico inicial da série «Conta-me como foi» da RTP,que passa aos domingos à noite. Mais tarde, foi feita a terceira versão em 2005, para o álbum «Baladas da minha vida». A 3.ª versão também é diferente das anteriores em termos de melodia, pois é a versão que José Cid fez a solo.
É uma das melhores canções de José Cid e a que têm sempre lugar nos seus concertos.

Vídeos
Versão original (1974)


Versão 2 (1977) - versão do genérico da série «Conta-me como foi»


Versão 3 - 2005


Versão do genérico da série


Versão ao vivo


Letra
Refrão: Vem viver a vida amor
que o tempo que passou não volta não
sonhos que o tempo apagou
e para nós ficou esta canção

há muito muito tempo, eras tu uma criança
que brincava no bailoço e ao pião
tinhas tranças pretas e caçavas borboletas
como quem corria atrás de uma ilusão

há muito, muito tempo era eu outra criança
que te amava ternamente sem saber
vinhamos da escola e oferecia-te uma flor
que tu punhas no cabelo a sorrir

refrão:

vinte anos mais tarde, encontrei-te por acaso
numa rua da cidade onde moravas
ficamos parados e olhamo-nos sorrindo
como quem se vê ao espelho pla manhã

dei-te o meu telefone, convidei-te pra jantar
adoraste ver a minha colecção
pelo tempo fora continuamos unidos
e cantamos tanta vez esta canção

refrão:

daqui a vinte anos, quando tu já fores velhinha
talvez eu já não exista pra te ver
ficas á lareira a fazer a tua renda
mas que importa se recordar é viver

sábado, 14 de fevereiro de 2009

What a wonderful world


What a Wonderful World é uma canção escrita por Bob Thiele e George David Weiss. Foi gravada pela primeira vez pela voz de Louis Armstrong e lançada como LP no início do Outono de 1967. A intenção era que a música servisse como um antídoto ao carregado clima racial e político nos EUA (foi escrita especialmente para Armstrong), a canção detalha o deleite do cantor pelas coisas simples do dia-a-dia. A música mantém, também, um tom de esperança e optimismo com relação ao futuro, incluindo uma referência aos bebês que nascem no mundo e terão muito para ver e crescer.
Esta canção, incialmente, não obteve êxito nos Estados Unidos, onde vendeu menos de 1000 cópias, mas foi um dos maiores sucessos no Reino Unido. Foi um campeão de vendas em 1968 no Reino Unido.

Vídeos

Música original - musica com video feito por um youtuber


What a wonderful world - Louis Armstrong ao vivo




Outras versões - Israel Kamakawiwo'ole


Rod Stewart


Letra
I see trees of green, red roses too.
I see them bloom for me and you.
And I think to myself,
What a wonderful world.

I see skies of blue and clouds of white,
The bright blessed day, the dark sacred night.
And I think to myself,
What a wonderful world.

The colours of the rainbow, so pretty in the sky.
Are also on the faces of people goin' by.
I see friends shakin' hands, sayin': "How do you do?"
They're really sayin', "I love you".

I hear babies crin', I watch them grow,
There ain't much more, that I'll never know.
And I think to myself,
What a wonderful world.

Yes, I think to myself,
What a wonderful world.